Olhando  os textos digitados por alunos do Ensino Fundamental, chego a triste conclusão que além de ter problemas com a gramática, não sabem e não conhecem nenhuma norma de texto/redação digital, tipo: fonte( arial ), tamanho ( 12 ), formatação, teclas de acentuação e pontuação, nem sequer, reconhecer que a palavra grifada automaticamente, de vermelho, aponta erro de digitação. Em resumo, depois de nove anos tendo um computador na sua frente, no mínimo uma hora por semana, saem da escola sem conseguir passar num teste de digitação. Aí dizemos, vivemos no mundo informatizado, em breve não teremos livro físico, não teremos caderno e caneta, professor só virtual... Como se sairão  os futuros profissionais que não conseguem digitar um e-mail?
Em tempos remotos, na idade de 6º ano escolar, os alunos já sabiam escrever uma carta, respeitando todas as suas normas. Em contrapartida, neste mundo modernizado, informatizado, o seu novo sujeito não está conseguindo se encaixar. Falam: ah, mas tem muitos que não tem acesso, são excluídos do mundo digital, coitados...! Digo, sempre houve dificuldades, quantos de nós,  não precisou escrever no caderno ou no livro e no ano seguinte apagar tudo para que o irmão mais novo reutilizasse?
Pois é, na verdade, oportunidades não lhes faltam, o que mudou foram os valores, o menino que não consegue digitar um e-mail corretamente, ganha dos pais um celular de última geração; para trocar mensagens codificadas nas redes sociais, ouvir musicas durante as aulas, assistir vídeos inadequados para a idade e tantas outras coisas desnecessárias, para não dizer, inúteis, à sua formação.
Os avanços tecnológicos das últimas décadas, tem excluído do mercado de trabalho a mão de obra especializada, enquanto a mão de obra barata cresce nos cursos tecno ou nos chamados cursos de formação social, ambos de péssima qualidade.
Em resumo, voltemos a apertar parafusos e pregar botões.