Vivemos tempos difíceis na humanidade. Homens, mulheres, crianças, pessoas! Estamos todos vivendo no mundo da cegueira. Não a cegueira de falta de luz, mas a cegueira de alma. Somos manipuláveis  da forma mais cruel que possa existir. Condenamos e crucificamos nossos irmãos de forma vil. Rimos as desgraças alheias, esquecemos da nossa condição humana e aderimos o tão sonhado “comigo isso não vai acontecer” e acreditamos no crime perfeito. De forma direta ou indireta, alimentamos o ódio na parte da manhã e condenamos a violência dos noticiários a noite. Somos uma nação de hipócritas capazes de acreditar que somos diferentes pelo simples fato de ter nascido com a pele branca e cabelos escorridos. Somos gente que maltrata gente, somos pobres que maltrata pobre, somos humanos que mata humanos. Somos incapazes de cuidar dos nossos descendentes, incapazes de retribuir gestos de gratidão e mestres em devolver, com troco, uma palavra de desafeto. Levantamos a bandeira da paz num minuto e no segundo seguinte usamos a mesma bandeira para agredir quem se esbarrou em nós involuntariamente. O que dizer dessa nação, que se diz Contemporânea, livre, de vontade própria, mas que não sabe se enxergar na pessoa do próximo? Não sabe lidar com sua própria natureza?
Reflitamos: Se não somos capazes pensar no hoje, por estar tão próximo de nós, procuremos pensar no amanhã que estar por vir. O que nos aguarda o amanhã? O que sobrarás de tudo que plantamos ou produzimos? O que nos garante se fomos necessários, uteis ou inúteis  nesta nossa passagem terrena?
Bom, somos todos convidados a essa reflexão. Reflitamos sobre nossos atos. Escolhamos o caminho a seguir. Levamos para o amanhã somente o que sobra  do nosso hoje. Carregaremos o fardo.
Depois , sobrarás apenas uma lágrima a rolar no olhar para trás!