Sou recantista-RENILDA D. VIANA
Crônicas urbanas, contos, poesias e muita dedicação
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Textos
Bala perdida
Joãozinho, menino do morro;
Sobe e desce a ladeira
Leva e traz roupas finas;  
Labuta da mãe lavadeira.

Joãozinho era menino feliz
Vivendo na cidade maravilhosa
Terra de muito samba
De gente bonita e paisagem fabulosa.

Uma terra abençoada
De beleza sem igual
Conhecida em todo mundo
Pela sua beleza natural.

Mas um dia chegou um monstro
Assustando a população
Travou uma luta sanguinolenta
Com o monstro “Caveirão”

Joãozinho vivia com medo
O morro já não queria mais descer
Pois nesta luta sem trégua
Tinha medo de morrer.


Até a dona das roupas finas
Que vivia em Copacabana
Tinha medo dessa guerra
Atingir o bairro dos bacanas.

Temia aquele monstro
Que não escolhia hora nem lugar
Matava e roubava na cidade;
Mas foi no morro do Joãozinho, que veio se instalar.

Para o pequeno menino
Causava-lhe boa impressão
Dizia roubar só dos ricos
Que perigoso, era o “Caveirão”
Enganava as crianças
Com promessas de vida farta
Iludia os jovens sem esperanças
Com promessas falsas.

Mas o Joãozinho não era bobo
Começou a desconfiar
Pois sua mãe lavadeira lhe ensinou
Que nada vinha sem trabalhar.

Astuto menino do morro
Decidiu no monstro não confiar
Apostou no “Caveirão”
Este vinha para lhe salvar

Era mais um dia de rotina;
A guerra iria começar
O monstro ficou de tocaia
Para ao “Caveirão” atacar

Armado até os dentes “Caveirão”
subiu o morro bufando
O povo saiu da frente
Já sabia que mais uma guerra estava iniciando.

Quando a luta começou
O Joãozinho correu para o telhado
Queria assistir de camarote
O monstro ser derrotado.

Pobre Joãozinho não sabia
Que seu ídolo “Caveirão”
é uma Instituição falida
Mata igualmente ao monstro
E fala que é bala perdida.

O “Caveirão” atirando a esmo
Querendo do monstro se vingar
Com faíscas iluminaram o céu
E o corpo do menino do morro, a cambalear.

*caveirão:nome atribuído ao furgão( carro)da polícia.
Renilda Viana
Enviado por Renilda Viana em 20/09/2021
Alterado em 21/09/2021
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