Lá se passaram mais de quarenta anos!
Uma menina de um pouco mais de dezoito anos, dava a luz um menininho graúdo , de olhos grandes e castanhos, bem cabeludo! Muitos falaram: por isso você tinha tanta azia! Um rapazinho cabeludo! ( risos).

Pois é! Foram tantos atropelos!
Erros e aprendizados foram incontáveis!
Errei nos horários das mamadas, nas trocas de fraldas, na quantidade na hora de fazer as papinhas e em tantos outros desafios que foram surgindo.
Mas, uma certeza!  A cada erro, um aprendizado e a cada aprendizado era uma dose maior de amor que invadia o meu ser.

Um amor que só crescia com o passar do tempo.
Era eu aprendendo a ser mãe!
Um aprendizado sem manual de instruções, mas, também sem nenhuma necessidade de ter, pois se tivesse nem teria tempo para dar uma olhadinha, pois o tempo todinho das minhas vinte e quatro horas diárias era dedicado a amar, amar e amar.

Independentemente das noites mal dormidas, das lágrimas derramadas por falhar nos cuidados, da bagunça na minha vida e de todas mudanças  em corpo, alma e coração, um amor que eu desconhecia invadiu-me como uma chuva torrencial que alaga e muda toda a paisagem.

Aquela foi a virada de ano que  literalmente virou a minha vida de ponta cabeça  e nos transformou em um só ser!  Sem sombra de  dúvidas, aprendemos juntos, um ensinando o outro.

Hoje você está aí, o meu primogênito!
Homem feito, aprendendo a ser o melhor pai do mundo, sim aprendendo, pois te asseguro que este aprendizado é infinito, somos eternos aprendizes para que não escape nunhuma dúvida que queremos fazer o melhor por nossos filhos!

Temos falhas, sim! Mas, sem dúvida, as falhas são tentativas de acerto. Que nunca deixemos de tentar ser o melhor!


Viver é aprender a crescer em todo sentido da palavra.