Tudo começou quando Maria, por uma cisma besta, pagou por uma consulta, pagou porque avaliou que era caso de urgência a sua dorzinha de ouvido. Chegou para a consulta no otorrinolaringologista bem antes da hora marcada. Foi logo encaminhada para a triagem. Mediu pressão arterial, normal; mediu altura, a mesma, pois na sua idade isso não sofre alterações. Bom, Maria foi encaminhada para a balança. Já subiu naquele objeto indesejado cismada. Olhou de soslaio no resultado. Desceu incrédula. Naquele exato momento Maria percebeu qual era o seu maior problema.
Em seguida foi encaminhada para a consulta médica, verificar sua dorzinha de ouvido, sim, dorzinha, pois depois da balança, o que te levou ao médico, já não tinha tanta importância. Bom, olha daqui, examine de lá, abre a boca, examina nariz, ouvido, grau de surdez e tudo mais. Diagnóstico: Nada, nem excesso de cera. Porém, aquela notícia não deixou a Maria feliz. A deixou revoltada. Na sua avaliação entrou no consultório com uma dorzinha de ouvido e saiu com dez quilos a mais. Esqueceu o ouvido e foi direto para um jejum intermitente. Seu caso era de urgência, sim.
Diagnóstico: choque de realidade.