Estava eu em um dos grandes shoppings de São Paulo, quando decidi tomar um sorvete. Encostei-me no primeiro carrinho onde estavam expostos muitos sabores. Atualmente os carrinhos de sorvetes são muito chiques, mais parecem uma BMW de sorvete. Três opções de tamanhos e de preços, sendo o mais barato, um mini copo, no valor de $15,90, podendo escolher até três sabores, desde que escolha bolas  do tamanho de uma bolinha de gude.
Bom, escolhi o menor, claro, 2 sabores, assim teria melhor sensação de fartura. Peguei o meu mini copo de sorvete e me dirigi para um banco coletivo para saborear meus sabores de frutas vermelhas, acredito que vários morangos misturados, e côco com leite ninho. Só depois que me sentei de frente para o tal carrinho onde realizei a compra que descobri que acabara de comprar sorvete na Ofner, simplesmente um dos mais caros. Bom o sabor ficou menos doce, mas ainda saboroso. Enquanto estou ali tomando quase que gota a gota, o agora, conscientemente, sorvete mais caro do Shopping, chega uma família pra dividir o banco comigo. Mãe, pai e dois lindos garotos.
A mãe aproveita o momento para aconselhar um dos garotos: “ Matheus, você tem que fazer o que a sua professora mandar, não o que você quer!”
( deve ter recebido algum bilhete da professora)
O pequeno Matheus de início assentiu com a cabeça. Depois deu uma voltinha no próprio corpo, e respondeu: “ mas, e a minha liberdade? Eu sou livre para fazer o que eu quiser!“
A mãe: “sim, desde que responda pelas  consequências por mal comportamento.”
O garoto: “ quais por exemplo?”
A mãe: “ não vai tomar o sorvete da Ofner , hoje!
Neste momento da discussão, minha última gota de sorvete teve sabor de vitória! Eu mereci esse mini sorvete!