Sou recantista-RENILDA D. VIANA
Crônicas urbanas, contos, poesias e muita dedicação
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Textos

Crônica de Paris
Um macaron para te

Primeira viagem à França. Cidade:Paris
Tudo é encantador, o formato dos pequenos sobrados e suas curiosas chaminés, seus palácios e castelos extravagantes, suas ruas estreitas em paralelepípedos de mais de 200 anos, o rio que corre ziguezagueando pela cidade com suas embarcações exibindo a alegria de turistas, a exuberância da torre Eiffel, suas inúmeras barracas de frutas e flores com aspecto de frescor e colorido sem igual, seus encantadores jardins de tulipas e todo seu emaranhado de linhas férreas levando e trazendo gente de toda parte do mundo por todos os cantos da cidade! Paris, a cidade luz, como é chamada carinhosamente! 
Mas, Paris é também a terra do macaron, um docinho colorido, de amêndoa e recheios diversos, como: doce de leite, marshmallow etc. Suas cores enfeitam as vitrines por toda a cidade. Além do valor agregado, paga-se pelo luxo da vitrine que o exibe. Não é comum passar por um parisiense degustando um macaron pelas ruas, diferente da baguette, que está em toda parte debaixo do braço dos cidadãos parisienses. No mínimo, estranho, por se tratar de uma guloseima tradicional. O macaron, é produto de desejo do visitante e não está para todo bolso. É quase um investimento adquirir uma caixinha. A pessoa desprovida pode ir adquirindo por unidade, todo mês, reserva alguns euros e compra uma unidade e vai colocando no cofre. (Risos) Quando atingir sua meta, pode vendê-los por um bom punhado de euros. Muitos, por mais vontade que tenha de experimentar, não arrisca, dividir com alguém, nem pensar, prefere mantê-lo guardado como uma grande conquista. No Brasil também tem o macaron, mas aqui é produto exótico, apresenta o mesmo sabor, as mesmas cores, mas não estão numa vitrine parisiense. É como o alfajor na Argentina, para o brasileiro são só duas bolachas de maisena com doce de leite no meio, mas na Argentina… aí de quem vai a Buenos Aires e não traz  pelo menos uma caixinha. Lá vendido em pesos argentinos. Portanto, se você visitar Paris, não esqueça de reservar, no mínimo, dez euros, para adquirir sua caixinha de minis macarons. Pode guardar por anos, se refrigerado, é como o bolo de casamento das princesas, que pode ser servido até sete anos após o casamento. Diz a lenda: quem comer um pedaço desse bolo, logo encontrará seu príncipe ou sua princesa. 
Para o macaron, não há uma lenda baseada em contos de fadas, mas há relatos que acompanhou muitos duques e religiosos em seus sofisticados cafés. Dividir o seus macarons à  mesa simbolizava amizade, confiança e certeza de fechar bons negócios. Era o docinho que adoçava os negócios do reino e da igreja. Além de acalmar os marinheiros em grandes travessias. Os marinheiros costumavam dizer: degustar um macaron sozinho, é o mesmo que pedir para ser abandonado numa ilha. Ou seja, bela e rica, porém isolada do continente. Ninguém arriscava comê-los escondido. 
Para quem não sabe, aqueles docinhos coloridos que enfeitam as vitrines em Paris, simbolizam a união, a amizade, o agradecimento, por isso tão significantes para os franceses. Se for a Paris, presenteie com macarons, símbolo de amizade e retribuição de carinho. Um macaron para te!

Renilda Viana
Enviado por Renilda Viana em 18/05/2023
Alterado em 20/05/2023
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