Sou recantista-RENILDA D. VIANA
Crônicas urbanas, contos, poesias e muita dedicação
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
Um sonho filosófico( como você interpretaria este sonho?)
Esta noite sonhei que dava voltas de bicicleta, livremente.
Cabelos ao vento, sorriso largo, um equilíbrio perfeito em cima de duas rodas!
Descia e subia novamente só para ter a certeza de que realmente era boa naquilo.
Felicidade tamanha era minha ao comprovar que, sim, eu sabia andar de bicicleta!
Em meio a tamanha felicidade, surge uma mulher
Estava bem vestida, pele branca, um corte de cabelo estilo a Princesa Dayane.
Ordena para que eu saia dali. Naquele espaço eu não poderia pedalar.
Tudo bem que eu estava na rua, parecia-me uma praça, somente com algumas árvores e nenhum banco para sentar, mesmo assim, estava sendo expulsa.
Revidei, estava num momento de realização, minha primeira vez pedalando sozinha, como ousa invadir o meu sonho? Parti pra cima daquela mulher e palavreei alguns impropérios.
Ela zombava, mostrava os dentes brancos, parecia satisfeita com a situação. Retirou algumas caixas do seu carro de luxo e deu sinal para que um rapaz, aliás, um belo rapaz, as carregassem para o outro lado da calçada. O rapaz bonito fez cara de poucos amigos, mas ao me ver parada parecendo uma estátua, perguntou-me se precisava de ajuda. Disse que não. Lhe perguntei quem era aquela mulher. Ele disse:”não sei”. Fiquei incrédula. Ele olhou para a minha bicicleta e perguntou se eu precisava que a empurrasse, ao que respondi muito convencida: “não, eu já sei andar”. Do outro lado da rua a mulher nos observava. Neste momento me pareceu ser a dona de um comércio. Ela continuava com aquele sorriso branco de desdém. Me despedi do rapaz bonito e tentei subi na bicicleta novamente, não consegui. Tombava para um lado e para o outro, não conseguia me equilibrar em cima das duas rodas. O rapaz bonito segurou na parte traseira da bicicleta e disse: “eu te ajudo”. Sai do local pedalando enquanto ele a empurrava. Olhei para trás e ainda pude observar a mulher acenando , como se dissesse: “vá com Deus”!
Acordei frustrada ao lembrar-me que não sei andar de bicicleta. Fiquei me perguntado: “quem era aquela mulher? Ela zombava porque sabia que eu não sabia andar de bicicleta?” “E o rapaz bonito? Apareceu para me fazer aceitar que eu não sabia?”
“Por que ele ajudou duas desconhecidas?”
O sonho seria para alertar que sempre precisamos um do outro?
A filosofia: “ajudar alguém sem olhar a quem”, pareceu-me bem real.
Quanta filosofia num sonho!
Renilda Viana
Enviado por Renilda Viana em 18/10/2024
Alterado em 18/10/2024
Comentários
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links