Síndrome do saco vazio
Não tenho poemas rebuscados,
Nem falas de entrelinhas.
Sou a essência real que exala do ventre da terra,
Do azedume das entranhas marginais,
De um povo que chora de verdade,
Dor de fome estrangulada pela síndrome
do saco vazio.
Arranco do fundo, do abismo total
Esses versos rasgados, viscerais;
Inspirados num bicho de lamento medonho
Que vive nos escombros dessa sociedade desigual.
Renilda Viana
Enviado por Renilda Viana em 10/05/2025
Alterado em 10/05/2025